Por G1MT
Foto: Reprodução EPTV
O período proibitivo de uso de fogo para limpeza e manejo de
áreas rurais em Mato Grosso começa a valer a partir desta sexta-feira (15) e
vai até o dia 15 de setembro. As multas para quem desrespeitar a norma
podem chegar a R$ 7,5 mil por hectare, dependendo da área. O estado atualmente
lidera o ranking nacional de queimadas, segundo dados do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (Inpe).
O prazo de proibição de queimadas é decretado todos os anos
no estado porque no mês de julho começam a aumentar os focos de calor. A
tendência é que se agravem em agosto e setembro por causa da estiagem,
colocando em risco a saúde e a segurança da população.
Os proprietários que forem pegos queimando áreas fora de
reserva legal podem ser multados em até R$ 1,5 mil por hectare queimado,
enquanto as queimadas dentro das reservas legais podem gerar multa de até R$
7,5 mil por hectare.
Nesta semana, o governo divulgou o plano de combate às
queimadas e informou que pretende gastar R$ 1,3 milhão durante o período.
Conforme o estado, o atendimento deverá ter estrutura descentralizada com apoio
das 18 unidades do Corpo de Bombeiros nos municípios mais populosos.
Também estão previstas oito brigadas em regiões mais
sensíveis ao fogo, como Feliz Natal, Sinop, Cláudia, Ipiranga do Norte, Vera,
Sapezal, Campo Novo do Parecis, Aripuanã, Comodoro e Porto Esperidião, e ainda
dez bases descentralizadas que vão atender até as situações mais críticas.
Entre brigadas mistas e bases volantes, estão previstos 260
oficiais de bombeiros e a atuação de 48 agentes civis. Dois aviões de combate a
incêndio florestal deverão dar suporte ao combate ao fogo, além de um
helicóptero, veículos apropriados para tal função e equipamentos de manuseio em
mata, como facões, foices e abafadores.
O prazo no qual as queimadas ficam proibidas pode ser
prorrogado conforme as condições climáticas e demais fatores que colocarem em
risco o meio ambiente e os moradores do estado. Entre os dias 1º de janeiro
deste ano a 5 de julho, houve aumento de 32% dos focos de calor em Mato Grosso
em relação ao mesmo período do ano passado.